segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Arilo Cavalcanti Jr.

A BELA MACURA

Há muito tempo atrás, um homem branco naufragou
Na paradisíaca praia de Ponta Grossa, dos índios Jabaranas
Ele estava sozinho e doente,terrivelmente penou
E pediu ajuda a Divina Força Soberana

Deus atendeu a sua triste oração
Colocando no seu caminho uma índia muito bela
Despertando nele uma grande paixão
O náufrago entregou o seu coração para ela

Esta bela índia vinha buscar água no sopé dos morros
Das falésias e prestou um bondoso socorro
Ao homem branco que estava precisando
E acabou perdidamente por ele se apaixonando

O nome desta bela índia era Macura
Uma criatura de alma doce e pura
Que encheu a vida do estrangeiro de doçura
Diminuindo a sua imensa dor e amargura

Macura não deixava o seu amado
Da sua brava tribo se aproximar
Com medo dele ser assassinado
Pelos os índios que iriam lhe matar

Porém, um dia Macura foi seguida
Por uma outra índia, que a denunciou
O náufrago branco corria risco de vida
E a proteção de sua amada nada adiantou

Um homem branco, de cabelos dourados
De olhos azuis, ali era de se estranhar
O Pajé logo o chamou de Anhangá
De Anhanguera, e todos ficaram desesperados

O náufrago branco foi morto barbaramente
Macura sofreu essa dor amargamente
O destino a feriu implacavelmente
O homem que ela amava foi morto pela sua gente

Macura, do homem branco engravidou
Meses depois, ela deu à luz
A tribo inteira muito se admirou
Do lindo menino loiro, de olhos azuis

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