quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Rubrica: Poemas do dia / 30 de Janeiro de 2013






















Liberdade alada!


Meu companheiro de viagem

de lutas sem nome,
de guerras sem dó!
Contigo gozo a liberdade,
corremos, saltamos, 
voamos sem pressa
mas temos a certeza 
de sermos um só!
Desbravamos caminhos difíceis,
enfrentamos
nos libertamos de areias movediças, todos os tempos!
Sulcámos terras duras, 
tivemos nossos dias incríveis
nos bons e nos maus momentos!
Companheiro fiel e dedicado,
corres contra o vento 
que te empurra,
mas tua força exuberante, 
faz de ti um aliado, seguro e delicado 
que enche meu peito de ternura!
A tua serva sou eu e a ti me declino!
Porque tu corres ao som da liberdade
e se é um feito da vontade tua e minha,
então seremos unos !
Faremos do vento a nossa sorte, 
correremos até à morte! 
Porque no céu nos esperam, 
as asas que nos farão alados
e nesse infinito em que voarmos
faremos do sol a felicidade!

Maria Morais de Sa























FALAR/ POESIA



Quem gosta de um livro ler

tem uma vida mais longa...
gostando de ler e escrever,
pois sua vida se prolonga...



ler alguma poesia ,é vida...

quem não gosta de viver....
não deixem ficar esquecida
tanta e bela poesia para ler,



eu adoro escrever poemas,

não fui nada disto aprender...
começou com tristes temas...
que eu comecei a escrever...



escrevo quando o coração dita

não são palavras rebuscadas...
tenho momentos e horas aflita
e as palavras saem desesperadas..



poesia não tem hora não tem dia

ela aprece a qualquer momento...
nunca peca por ser tardia.....
poesia há sempre no pensamento...



Joana rodrigues 30/01/2013
























Quero-te
Pertencer-te assim!
Como os anjos pertencem aos céus…
Esta noite dançamos,
Deitados no chão.
Nada é proibido…
O mundo é nosso,
Nada nos pode deter.
Ritmo penetrante!
Encontro de poetas!
Poço de amor.
Pego tua mão,
Entrelaçadas, exprimem tudo.
Trilhámos caminhos, sem final,
Quero-te, hoje, agora, sempre…
Amar-te uma vida, meu amor.


30/01/2013 Céu Pina


















TEMPO
( de Duarte Arsénio)
Sou do tempo das galenas
Já depois das caravelas
Sou do tempo em que os homens
Apodreciam nas celas


Sou do tempo da opressão
Esse tempo sem idade
Sou do tempo em que o meu povo
Conquistou a liberdade


Sou do tempo da bufaria
Em que homens ao relento
Conspiravam p’ra que um dia
Fosse passado esse tempo


Sou do tempo da miséria
E dos que enchiam a pança
Do tempo da guerra d’África
E dos que iam para França


Sou do outro e deste tempo
Volta o tempo de que fui
E por vezes já lamento
Porque me pariste mãe?


D.A. - 2013
















Sou Artista
Levo uma vida digna
desapegada de bens
apenas amo a arte
e isso bem sabeis.


Escrever é a minha vida
Saber viver também é arte
Por isso vivo decidida
a lutar pela minha parte.


Não ambiciono ter dinheiro
para casas, piscinas e afins.
Só quero que o mundo inteiro
saiba o que me faz feliz.


Ter uma vida modesta
e fazer da arte a minha vida.
Tudo o que me resta
é viver o dia-a-dia.


Mas apesar de assim ser
sou como toda a gente,
também preciso de comer
e isso não é indecente.


O que é indecente
é não ser reconhecida
pela arte bem merecida
que sai da minha mente.


Jovita Capitão, Rainha das Insónias.




















Miguel Moojen Moojen
SEM VOCÊ


Quem sabe nada seria,
Um homem sem identidade,
Um ser humano infeliz,
Uma pessoa sem amor,
Mas quando a conheci
Percebi que tu o que havia sido
Moldado em minha vida
E no Livro da Vida,
Simplesmente viram à tona,
Em que o amor surgiu,
De uma forma linda e indescritível
De tão maravilhoso que o foi,
Envolto em uma alegria constante,
Em saber que só o amor destrói o ódio,
Só o amor constrói o verdadeiro amar,
Que só uma mulher de tantas qualidades
E virtudes
Como és tu
Poderia dar a mim o que faltava
Que é o amor,
O amar sublime,
O retorno à adolescência de tão feliz
Que me encontro,
De estar sempre ao teu lado,
Mimando-a
Acariciando-a,
Protegendo-a,
Cuidado-a,
E amando para sempre,
Pois de meus relacionamentos,
Tu és o mais forte e seguro de todos
Que me remete ao fato,
De que só o verdadeiro amar
E a entrega total a ti
É que me trás alento,
De novos dias,
Novas paragens
E a renovação da alma,
Quando se ama de verdade
E o amor é recíproco
Como percebo entre nós,
Em um amar suave,
Puro,
Verdadeiro
E sincero
De dois seres que se conheceram
Para se amarem para toda a eternidade
E um ser escudo do outro,
No amar
E no amor sem fim.


MIGUEL MOOJEN 30-01-2013



















Paulina Lima Rodrigues
Poesia: Saudade


Você é meu raio de sol
No crepúsculo arroxeado de fim de tarde de verão
Que aos segundos vai sendo engolida sem pressa
Pela calada boca da noite sem dentes!


Que silencia a tortura de um dia
Sem deixar que ninguém a impeça de avançar noite adentro
Levando com sigo em segredos para nunca mais voltar
As alegrias, as contendas, os sorrisos, os sonhos, as labutas
No olhar languido dos que procuram com anseio o seu rumo e norte encontrar!


Tenho sentido muito a sua falta
Porque você me faz bem
Porque você é real
Porque você me levanta o astral!


Com você meu mundo é mais colorido
Minha estrada tem rumo
Ao seu lado sinto-me bem amparada
Com você sigo em frente e feliz na estrada


Sem você sou uma estrela sem brilho
Um verão sem sol
Um palhaço sem gargalhada
Um trem desgovernado e sem trilho!


O que eu faço com essa saudade torturante
E sem fim?
Que me faz lembrar-me de você
E esquecer totalmente de mim?


Poeta: Paulina Rodrigues 30-01-2013




















O Labirinto do Fim da Picada
No labirinto da eternidade
de cada segundo sem fim
onde sou apenas mitocôndrias
nessa infinita dança celular.


No labirinto da eternidade
eu busco uma nova reação
onde eu me despeço de tudo
para viver no nada sem nenhum.


No labirinto dos caminhos tortos
eu mergulho absorto enfim
o inferno não tem asas de aço
e meus ferimentos são imortais.


Caminhos e encruzilhadas dispersas
vem como uma nova remessa ditosa
e espalham sangue e mais sangue
nos veios da terra de ninguém mais.


Labirintos distintos da procriação
revelados e exumados nesse funeral
onde não há mais mortos nem vivos
somente há sementes da alucinação.


Labirintos de um fauno órfão e demente
que escreve nas paredes com giz de cera
refazendo as histórias dos folclores da vida
e o poeta discreto caminha até o fim da picada.


Jonas R. Sanches







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