segunda-feira, 30 de julho de 2012

DO EQUILÍBRIO AO VOO (a publicar)

No fictício azul do céu
no verde dos olhos teus
vi natureza em flor
senti suaves fragrâncias
apaixonados olores
senti a brisa na face nua
em delicados afagos
e a beleza arrolada
no voo além dos sonhos
refletida na luz do horizonte

Que luz seria luz, se não visse o sol?
Que alegria seria alegria, se não sentisse felicidade?

Se a tristeza é um muro de dores
destruímo-lo para libertar os amores
se não estiver com a alma-irmã
nunca saberei se a dúvida é sã
o meu canto não terá melodia
dias sem sol e noites sem lua
as estrelas não serão fogo
o ubíquo sol não se moverá
se não fores meu enquanto noite
não tenho dia para recordar

Não saberei dançar nos mistérios do amor?
Não saberei nadar nos enigmas da vida?

Quero viver etérea poesia
aventura e venturoso amor
edificar o mundo meu
expor o verdadeiro eu
ser o que nunca avancei
ser eu em ti e tu em mim
alvor em eterna madrugada
que melódico rouxinol harmonizou
canto triunfal em manhã aquietada
que esperançosa cotovia despertou

O meu olhar esvai-se nas memórias do tempo
na melancolia da paisagem refletida nas águas
buscando a esperança de dias mais ternos

Cada passo que dou, soa inteiro e isso faz-me sentir viva!

Edite Pinheiro
Julho, 30 / 2012
 

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